Sensoriamento remoto ajuda a rastrear armazenamento de carbono em manguezais

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Geralmente, as flores de mangue costumam ter um armazenamento de carbono, entretanto, descobrir a quantidade exata é um verdadeiro desafio. Mas, cientistas da Universidade de Tóquio desenvolveram um modelo de sensoriamento que pode mudar a situação.

Dessa forma, o novo modelo utiliza o sensoriamento remoto das condições ambientais para indicar a produtividade das florestas de mangue. Isso partiu de um estudo feito em manguezais costeiros da China, organizado pelo Instituto de Ciência Industrial da Universidade de Tóquio.

Armazenamento de carbono (Reprodução: divulgação)

Em um estudo publicado na revista Scientific Reports, foi informado que os manguezais crescem ao longo das costas tropicais, que são inundadas pelo mar. Por lá, é possível encontrar especiais únicos e adaptados aos habitats costeiros, que são tolerantes ao sal e possuem raízes dinâmicas.

Dessa forma, a produtividade das florestas de mangue é influenciada pelos mais variados fatores ambientais, tais como salinidade, radiação ativa fotossintética e a temperatura da superfície do mar. Logo, é bastante complexo avaliar a produtividade, pois não é possível com os modelos tradicionais, usados nas florestas terrestres.

Por que os manguezais têm um grande armazenamento de carbono?

Sendo assim, foi constatado que para entender a capacidade de os manguezais de armazenar carbono, é necessária uma avaliação global. Dessa forma, é necessário medições das condições ambientais em uma escada maior, diferindo das medições realizadas em florestas terrestres.

Para a pesquisa, foi utilizado um modelo de produtividade, que usava de um satélite próprio para manguezais. Assim, esse sensoriamento remoto possibilitou a coleta de informações sobre o ambiente em grandes áreas de manguezais, em um grande período.

Para isso, os pesquisadores conseguiram desenvolver um modelo que se adapta aos efeitos das marés e, posteriormente, combinaram o modelo com os dados coletados por satélites sobre a radiação fotossinteticamente ativa. Assim, era possível estimar a produtividade dos manguezais ao longo da costa da China.

Como resultado, foi possível verificar os resultados do modelo com as medições de produtividade, a partir das torres de fluxo de carbono, que medem as transformações de carbono entre o dossel do mangue e a atmosfera. Por fim, foi possível estimar, com precisão, toda a produtividade dos manguezais.

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Sobre o Autor

Bruno Teles

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