Cientistas batem novo recorde de velocidade da internet via Fibra Óptica, 1,7 petabits por segundo (Pbit/s)

Cientistas batem novo recorde de velocidade de internet via Fibra Ótica, 1,7 petabits por segundo Fonte: laboratuar.com

Em um avanço extraordinário, um time de cientistas internacionais alcançou uma façanha notável no campo das comunicações de fibra óptica. Esses inovadores estabeleceram um novo marco na velocidade de transmissão de dados, utilizando uma fibra óptica padrão, com a espessura de um fio de cabelo humano e preenchida com 19 núcleos exclusivos. Os pesquisadores alcançaram uma velocidade de 1,7 petabits por segundo (Pbit/s), isso equivale a suportar mais de dez milhões de conexões de banda larga domésticas em plena operação.

A grandeza da Fibra Óptica no mundo moderno

Com uma espessura de 125 mícrons, as fibras ópticas são a espinha dorsal de toda a nossa rede de internet global. Elas conectam continentes, data centers, antenas de celular, estações de satélite e, é claro, residências e negócios. Para lhe dar uma ideia da escala, a espessura de um fio de cabelo humano comum é de 120 mícrons.

Um time de pesquisadores da Austrália, Japão, Itália e Holanda utilizou esta fibra óptica recheada com 19 núcleos inovadores, cada um carregando um sinal para transmitir dados à assombrosa velocidade de 1,7 petabits por segundo (Pbit/s) ao longo de um cabo com 67 km de extensão.

Embora não seja a maior taxa de transmissão de dados já alcançada (esse título pertence a pesquisadores escandinavos, que alcançaram 1,84 Pbit/s em 2022), essa tecnologia está muito mais próxima de ser utilizada na prática.

O Segredo por trás da velocidade Ultra-Rápida

Simon Gross, da Macquarie University, em Sydney, aponta que vários anos de pesquisa no campo da óptica abriram caminho para a indústria enviar cada vez mais dados através de fibras únicas, utilizando diferentes cores, polarizações, coerência da luz e muitas outras técnicas para manipular a luz.

O segredo para essa velocidade ultra-rápida reside no chip de vidro empregado na fibra. Desenvolvido pela Macquarie University, ele cumpre o padrão global de tamanho de fibra, o que significa que pode ser introduzido sem necessidade de mudanças substanciais na infraestrutura.

Gross descreve: “Criamos um chip de vidro compacto com um padrão de guia de onda gravado nele pela tecnologia de impressão a laser 3D. Isso permite a transmissão de sinais nos 19 núcleos individuais da fibra com perdas uniformemente baixas. Outras técnicas, limitadas em número de núcleos, acabam perdendo muita luz, reduzindo a eficiência do sistema de transmissão.”

O Futuro das fibras ópticas de alta velocidade

As fibras ópticas atuais possuem apenas um núcleo, o que restringe a capacidade de transmissão a alguns terabits por segundo devido à interferência entre sinais. Gross aponta que, embora seja viável aumentar a espessura das fibras, isso resultaria em fibras menos flexíveis, mais frágeis e mais caras de adaptar.

Esses pesquisadores defendem que o seu cabo oferece uma solução eficaz para fornecer maior fluxo de dados com menor custo. Eles ainda acreditam que a fibra com 19 núcleos tem potencial para ser usada em diversas áreas.

Michael Withford, também da Macquarie University, ressalta: “A tecnologia patenteada subjacente tem muitas aplicações, incluindo busca por planetas em órbita ao redor de estrelas distantes, diagnóstico de doenças e até mesmo identificação de danos em tubulações de esgoto.”

Os resultados surpreendentes desses pesquisadores foram compartilhados na 46ª Conferência de Comunicação de Fibra Óptica.

Sobre o Autor

Geovane Souza

Geovane Souza é Jornalista e especialista em criação de conteúdo na internet, ações de SEO e marketing digital. Nas horas vagas é Universitário de Sistemas de Informação no IFBA Campus de Vitória da Conquista.

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