Energia solar residencial deve ficar Mais Cara no Brasil, entenda o impacto das novas taxas impostas pelo Governo

energia solar deve ficar mais cara no brasil Trabalhador instalando sistema de energia solar. Foto: Freepik

A energia solar residencial, que tem sido uma das principais alternativas sustentáveis para reduzir custos com eletricidade no Brasil, enfrenta novos desafios econômicos. Alterações em impostos de importação e benefícios fiscais prometem aumentar os custos de instalação de sistemas fotovoltaicos, dificultando o acesso para muitos brasileiros. Este artigo analisa como essas mudanças podem impactar o mercado de energia solar no país.

Entenda as Mudanças nas Taxas e Importações

Recentemente, o governo brasileiro elevou a alíquota do imposto de importação sobre módulos fotovoltaicos de 9,6% para 25%. Essa medida, combinada com a redução dos benefícios fiscais chineses para exportação — de 13% para 9% —, deve afetar diretamente o preço final dos kits solares residenciais.

Segundo a consultoria Greener, essas mudanças podem levar a um aumento de até 13% no custo total de sistemas fotovoltaicos residenciais. Em termos práticos, para um kit residencial de 4 kWp, espera-se:

  • Um aumento médio de 26% nos preços dos módulos fotovoltaicos;
  • Elevação geral de 13% no valor dos kits solares;
  • Extensão no tempo de retorno do investimento, com o payback passando de 3 para 3,2 anos.

Esses números representam um impacto significativo para consumidores que buscavam economizar na conta de luz com sistemas de energia limpa.

O Papel do Frete e da Dependência de Importações

Outro fator crítico no aumento dos custos é o preço do frete para importação de módulos solares da China, que atualmente corresponde a cerca de 13,87% do valor FOB. Caso esse custo permaneça elevado, os impactos podem ser ainda mais severos:

  • Aumento de até 43,42% nos preços dos módulos fotovoltaicos nacionalizados;
  • Elevação de 22% no preço final dos kits;
  • Ampliação do payback para 3,34 anos.

Marcio Takata, CEO da Greener, destaca que cerca de 95% dos equipamentos solares utilizados no Brasil são importados, principalmente da China. Isso torna o mercado altamente suscetível a flutuações tributárias e logísticas internacionais.

Consequências Para o Mercado e o Consumidor

O aumento nos custos pode desestimular novos investimentos em energia solar residencial, que já enfrenta desafios relacionados à burocracia e falta de incentivos governamentais robustos. Para os consumidores, isso significa um acesso mais restrito à tecnologia, principalmente para quem busca economia a longo prazo.

Empresas do setor devem se adaptar rapidamente, investindo em alternativas como produção nacional de equipamentos ou otimização de processos logísticos. Contudo, a curto prazo, o impacto dessas mudanças será sentido em todo o mercado, afetando tanto instaladores quanto consumidores finais.

A Energia Solar Continua Viável?

Apesar do aumento nos custos, a energia solar residencial ainda é uma das melhores opções para reduzir despesas com energia elétrica e contribuir para a sustentabilidade ambiental. Com planejamento adequado e busca por fornecedores confiáveis, consumidores podem encontrar soluções que mitiguem os impactos dessas mudanças.

Seja por meio de financiamentos acessíveis ou programas de incentivo, o Brasil precisa reforçar seu compromisso com fontes de energia limpa. Afinal, o avanço da energia solar é essencial não apenas para reduzir custos, mas também para alcançar as metas globais de sustentabilidade.

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Sobre o Autor

Geovane Souza

Geovane Souza é Jornalista e especialista em criação de conteúdo na internet, ações de SEO e marketing digital. Nas horas vagas é Universitário de Sistemas de Informação no IFBA Campus de Vitória da Conquista.

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