Virginia está prestes a utilizar a impressão 3D para criar um bairro inteiro
Nos últimos dias, a construtora estadunidense Alquist 3D, informou que irá construir 200 casas com impressão 3D em até 5 anos, na Virgínia. Sendo assim, é o maior projeto já visto com a tecnologia de impressão 3D, que visa ser uma tecnologia mais barata e resiliente até 2017.
Nomeado ‘Projeto Virginia’, a iniciativa busca oferecer casas sustentáveis e acessíveis para pessoas carentes, que vivem em regiões isoladas dos EUA. Em abril deste ano, a primeira demonstração do projeto foi feita em Pulaski, na Virginia, devido à demanda por casas econômicas na região.
Atualmente, muitas pessoas não acreditam em casas acessíveis. Isso porque um estudo do King’s College London mostrou que 48% da população do Reino Unido consideram a moradia acessível um mito, pois as despesas regulares e a burocracia os impedem de ter a casa própria.
Sendo assim, enquanto trabalhava em um projeto 3D para a organização sem fins lucrativos, Habitat for Humanity, a Alquist 3D notou que a tecnologia de impressão 3D oferece casas com 15% menos por cada metro quadrado, em comparação ao seu custo de produção.
Além disso, neste tipo de perspectiva, o número de trabalhadores e funcionários é menor que na construção tradicional, o que resulta em benefícios para quem constrói. Logo, além de serem casas adaptáveis à realidade global, elas ainda oferecem um custo benefício interessante.
Impressão 3D: uma nova realidade surge na Virgínia
Para realizar o projeto, a Alquist 3D buscou uma parceria com a Black Buffalo, fabricante de impressoras 3D industriais. Neste sentido, a construtora utilizou as impressoras NEXCON, que podem construir várias casas impressas em 3D em simultâneo, com padrões e dimensões fixas.
Semelhante à impressão 3D para produtos plásticos, a construção de uma casa em 3D também começa com um software para desenvolver um modelo digital da casa. Logo, a impressora 3D imprime diversas camadas de concreto, que são enfileiradas conforme o modelo e o tamanho.
Atualmente, esse tipo de construção é mais eficiente, afinal, é possível construir o mesmo número de casas com três semanas de antecipação. Além disso, construir casas 3D é muito mais acessível. Por isso, a empresa espera que as casas impressas em 3D atendam as necessidades de moradia acessível nos EUA.
Entretanto, a tecnologia de impressão 3D ainda está em desenvolvimento. Logo, para uma construção em larga escala, é necessário regulamentar as casas construídas, sem contar que será necessário integrá-las aos sistemas de drenagem de água das cidades. Por enquanto, já é uma grande esperança para moradia acessível.
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