Ambientes urbanos coloridos, mesmo em realidade virtual, podem ajudar no bem-estar dos cidadãos
Primeiramente, podemos dizer que viver nas cidades pode ser um verdadeiro caos. Desde a poluição das superlotações globais, tudo isso causa um grande impacto no nosso bem-estar. Nesta situação, parece mais fácil viver em uma realidade virtual onde tudo é menos denso e mais harmonioso.
Sendo assim, um estudo publicado na revista Frontiers in Virtual Reality, mostrou que a introdução de cores vivas e verdes nos ambientes urbanos, pode deixar as pessoas mais felizes e calmas. Assim, somado a outros estudos, o contato com a natureza pode ser um pilar para o bem-estar da população global.
Neste sentido, o estudo apontou que plantação, árvores e até mesmo pequenos trechos de grama são fundamentais para a restauração dos humores positivos nas cidades. Entretanto, devido ao alto custo, nem sempre é possível introduzir vegetação em áreas urbanas, o que torna os espaços mais caóticos e cinzas.
Nesta perspectiva, o estudo mostrou que alguns designers foram orientados a usar cores verdes e incluir manchas da mesma cor em diversos edifícios e ruas de Berlim e Vancouver. No entanto, o efeito disso nos moradores não foi claro, portanto, foi necessário criar uma simulação de realidade virtual.
Como a realidade virtual pode ajudar os cidadãos globais?
Na pesquisa, a tecnologia VR foi utilizada para criar um ambiente urbano imersivo, sem vegetação ou com vegetação verde. Além disso, padrões coloridos foram incluídos nos caminhos do ambiente virtual. Assim, um grupo de voluntários “caminharam” na realidade virtual, usando um headset VR com rastreadores oculares.
Os pesquisadores analisaram a taxa de piscar e o ritmo da caminhada dos estudantes, observando no que eles estavam interessados. Logo, ao diminuir o ritmo ou dar uma olhada ao redor, isso indicava que haviam encontrado algo estimulante. Após isso, os voluntários responderam um questionário sobre a experiência.
Sendo assim, a pesquisa confirmou que a vegetação era mais agradável aos olhos dos voluntários do que os ambientes urbanos. Isso porque a velocidade da caminhada diminuiu na vegetação urbana, em comparação ao espaço de concreto. Logo, a experiência com realidade virtual foi considerada um sucesso.
Nesta perspectiva, foi apontado que os ambientes urbanos verdes fornecem algum tipo de restauração fisiológica. Um outro comparativo buscava analisar as alterações na frequência cardíaca dos participantes, mas nenhuma mudança foi registrada na introdução de elementos verdes na simulação.
Embora os desenhos não tenham mostrado alguma mudança na velocidade da caminhada, percebeu-se que os participantes ficaram mais excitados com os elementos coloridos. Sendo assim, a conclusão foi de que, somado ao ambiente verde, os desenhos coloridos podem aumentar a excitação fisiológica.
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