BMW anuncia início da produção de um número limitado de automóveis movidos a hidrogênio com autonomia de cerca de 500 quilômetros
O tipo BMW iX5 Hydrogen, que é o primeiro automóvel movido a hidrogênio da montadora, foi lançado com uma frota limitada de menos de cem carros
O CEO da gigante automobilística alemã BMW Group se refere ao hidrogênio como “a peça que faltava no quebra-cabeça quando se trata de transporte livre de emissões”. Na última segunda-feira (27), o BMW Group revelou uma frota experimental de automóveis movidos a hidrogênio.
Em 2023, os veículos entrarão em operação com o objetivo de realizar testes e demonstrações para os mais diversos públicos. O presidente da BMW referiu-se ao hidrogênio como “o componente que faltava” na procura de combustíveis que não produzem emissões.
Uma instalação em Munique é responsável pela produção do BMW iX5 Hydrogen, que atinge uma velocidade máxima de mais de 180 quilômetros por hora e emprega células de combustível fornecidas pela Toyota. O veículo tem dois tanques para armazenar hidrogênio, e cada um leva menos de quatro minutos para encher, segundo a empresa.
Sob o procedimento de teste de veículos leves harmonizado em todo o mundo, também conhecido como ciclo WLTP, a BMW afirma que seus automóveis movidos a hidrogênio têm um alcance de cerca de 500 quilômetros.
Prevê-se que entre em operação neste ano de 2023, apesar do lançamento ser em escala modesta, com uma frota de “menos de cem carros” sendo “utilizados em todo o mundo para fins de demonstração e teste para diversos grupos”.
A BMW e várias outras empresas automobilísticas continuam suas pesquisas sobre as possibilidades apresentadas pelos automóveis movidos a hidrogênio
Oliver Zipse, presidente da BMW, disse em um comunicado que o hidrogênio é “uma fonte de energia flexível que tem um papel significativo a desempenhar no processo de transição energética e, consequentemente, na salvação do planeta”.
Ele se referiu ao hidrogênio como um dos métodos mais eficientes para armazenar e transmitir energia renovável. Zipse continuou dizendo que devemos fazer uso desse potencial para ajudar a acelerar a transformação do setor de mobilidade e que o hidrogênio é a peça que falta no quebra-cabeça quando se trata de mobilidade livre de emissões.
O presidente da BMW chegou à conclusão de que uma tecnologia sozinha não será suficiente para oferecer um movimento neutro em termos de clima em todo o mundo. O hidrogênio, que a Agência Internacional de Energia (AIE) chama de “portador de energia versátil”, tem uma ampla gama de usos e pode ser usado em vários campos, incluindo industrial e de transporte, entre outros.
A BMW é uma das várias empresas automobilísticas que continuam suas pesquisas sobre as possibilidades apresentadas pelos automóveis movidos a hidrogênio. Outras, como Toyota e Hyundai, também estão trabalhando no desenvolvimento de automóveis movidos a hidrogênio, além de startups menores, como a Riversimple.
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