Energia eólica mais silenciosa e eficiente; Conheça as turbinas sem hélices, capazes de operar em locais com menor geração de vento

Energia eólica mais silenciosa e eficiente; Conheça as turbinas sem hélices, capazes de operar em locais com menor geração de vento Foto: Engenharia Hoje / Reprodução
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Em um planeta cada vez mais atento à importância de obter fontes de energia limpas e sustentáveis, as inovações na área da energia eólica estão se tornando cada vez mais centrais. As fascinantes tecnologias envolvendo turbinas eólicas que operam sem hélices representam um setor emergente com grande potencial para transformar a forma como produzimos energia a partir dos ventos. Esse avanço está ainda em seus estágios iniciais, mas já carrega consigo a promessa de redução de custos e melhoria na eficiência energética.

Esta tecnologia avançada se diferencia das turbinas eólicas tradicionais que utilizam grandes pás para coletar o vento. Em vez disso, ela capta a energia do vento através das vibrações geradas por ele.

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O Vortex Bladeless é um tipo de gerador eólico que funciona com base na ressonância de vibrações geradas por vórtices de vento. Essa tecnologia, conhecida como “sem lâminas“, utiliza um cilindro verticalmente montado em uma haste flexível.

À medida que o vento sopra, o cilindro balança dentro de uma determinada faixa de velocidade do vento, processo que converte a energia do movimento em eletricidade por meio de um alternador. De forma simplificada, pode-se dizer que é uma espécie de turbina eólica, mas sem as características comuns de uma turbina tradicional.

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Essa tecnologia apresenta uma ampla gama de vantagens. Primeiramente, ela se destaca por ser cerca de 30% mais barata que as turbinas tradicionais, graças aos custos reduzidos tanto na instalação quanto na manutenção. Adicionalmente, estas novas turbinas sem hélices possuem a habilidade de funcionar em áreas com ventos mais fracos, condições nas quais os geradores convencionais não atuam eficientemente.

Outro aspecto notável dessas turbinas é a operação silenciosa, o que significa que elas não representam um perigo para as aves da região

A estrutura é projetada para oscilar com o vento, utilizando um processo conhecido como vibração induzida por vórtice. Essa oscilação é então convertida em energia elétrica, um método que se adapta rapidamente às mudanças repentinas de vento, tornando-o ideal para ambientes urbanos.

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No entanto, é fundamental considerar os obstáculos e restrições associados a toda novidade. É necessário investigar mais sobre a sustentabilidade a longo prazo dessas turbinas e como elas se adaptam a variados cenários.

Outro ponto importante é a receptividade do mercado e a capacidade de adaptação das infraestruturas já em uso, fatores essenciais para o êxito dessas inovações tecnológicas.

Desafios e oportunidades na integração à rede elétrica

Ao considerar o impacto das turbinas eólicas sem hélices na rede elétrica, é importante analisar tanto suas características operacionais únicas quanto a sua integração em sistemas de energia existentes. As turbinas sem hélices, como as desenvolvidas pela Vortex Bladeless, operam de forma diferente das turbinas eólicas tradicionais.

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Elas não têm partes móveis em contato, o que reduz o desgaste, e utilizam um sistema de acoplamento magnético autoajustável para otimizar as amplitudes de oscilação em diferentes velocidades do vento. Este design permite uma faixa mais ampla de velocidades operacionais do vento, o que pode facilitar a integração na rede elétrica.

Além disso, o tamanho reduzido e as menores necessidades de manutenção dessas turbinas, juntamente com a capacidade de gerar energia a um custo menor, sugerem vantagens potenciais para a integração na rede.

Por outro lado, a integração de qualquer fonte de energia renovável, incluindo turbinas eólicas, na rede elétrica apresenta desafios. Já foi demonstrado que as turbinas eólicas tradicionais podem oferecer benefícios de estabilização da rede.

Um projeto da General Electric (GE) e do National Renewable Energy Laboratory (NREL) mostrou que turbinas eólicas comuns podem ser operadas em um modo de formação de rede. Isso significa que elas podem contribuir para definir a voltagem e a frequência da rede e fornecer estabilidade normalmente oferecida por usinas termelétricas a combustíveis fósseis. Essas capacidades são cruciais à medida que as energias renováveis compõem uma parcela maior do fornecimento de energia, exigindo delas mais responsabilidade pela estabilidade da rede.

As pesquisas do NREL indicam que fontes de energia renovável, como eólica e solar, com suas tecnologias baseadas em inversores, estão sendo preparadas para desempenhar um papel significativo na estabilização da rede. Este desenvolvimento é fundamental para garantir que a transição para fontes de energia renovável não comprometa a confiabilidade e estabilidade da rede elétrica.

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Sobre o Autor

Ana Paula Araújo
Ana Paula Araújo

Ana Paula Araújo escreve no Cultura Ambiental nas Escolas sobre meio ambiente, sustentabilidade, energias renováveis e suas implicações, veículos elétricos e as principais novidades do setor.

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