O primeiro carro elétrico a rodar no Brasil foi fabricado aqui mesmo por um brasileiro há quase 50 anos
Durante o Salão do Automóvel de 1974, o Gurgel Itaipu E150 foi um dos veículos expostos e tinha um alcance de 50 quilômetros, atingindo velocidades de 30 ou 60 km/h
Para se ter uma ideia do que vai acontecer nos próximos anos, gostaria de trazer um pouco da história dos carros elétricos comercializados no Brasil. Essa história começou a muito tempo, foi um projeto brasileiríssimo o primeiro carro elétrico a circular no Brasil.
O primeiro carro elétrico do Brasil foi exposto durante o Salão do Automóvel de 1974, o Gurgel Itaipu E150 foi uma grande novidade naquela época. Tinha um alcance de 50 quilômetros, atingindo velocidades de 30 ou 60 quilômetros por hora (dependendo da variante) e pesava 460 quilos. Só as baterias representavam 320 quilos de seu peso.
Em 1980, Gurgel apresentou o Itaipu E400, que tinha uma autonomia um pouco maior de 80 quilômetros e ajudou a empresa a se manter como líder do setor. O importante é observar que não se tratava de um automóvel comum, mas sim de uma van em pleno funcionamento, pertencente à frota da Telebrás e da Telesp.
Vale ressaltar que essas iniciativas foram eficazes e sustentáveis há quase meio século, apesar de usarem pesadas baterias de chumbo-ácido.
Lamentavelmente, com a abertura da indústria automobilística para empresas de outros países, a Gurgel, empresa que fabricou o primeiro carro elétrico do Brasil, foi obrigada a declarar falência e, com isso, os veículos elétricos da marca seguiram o mesmo caminho dos demais produtos da empresa.
Itaipu Binacional lançou outro projeto de veículo elétrico em parceria com a Fiat 20 anos depois do lançamento do primeiro carro elétrico do Brasil
Vinte anos depois do lançamento do primeiro carro elétrico do Brasil, juntamente com a extinta Gurgel, o Programa VE da Itaipu Binacional, em conjunto com a Fiat, construiu mais de oitenta protótipos do Palio Weekend totalmente elétrico, em um novo projeto.
O carro incluía uma bateria de cloreto de sódio e níquel que pesava apenas 165 quilos e proporcionava uma autonomia de 120 quilômetros. O motor do carro tinha 20 cavalos de potência, o que permitia atingir 100 quilômetros por hora em 28 segundos, uma revolução para o seu tempo.
Sobre o Autor
0 Comentários