Agora neva microplásticos na Antártida e isso pode acelerar o derretimento de gelo
Atualmente, o excesso de plástico na natureza tem sido uma das grandes preocupações globais sobre a biodiversidade. Mas, muito além disso, os microplásticos já afetam o meio ambiente de forma severa. Muito comum no organismo humano e de animais, agora eles foram parar em um outro lugar.
Primeiramente, dados da Agência Internacional de Energia apontaram que o uso de plástico será responsável por mais da metade da demanda por petróleo no mundo, isso até 2050. Por outro lado, a poluição com plástico e microplásticos está em um ponto que poderá não haver mais retorno para a humanidade.
Segundo um estudo publicado pelo periódico The Cryosphere, diversas partículas foram encontradas na Antártida. Isso aconteceu porque o estudante Alex Aves, PhD na Universidade de Canterbury, Nova Zelândia, encontrou microplásticos em amostras de neve de 19 locais na Ilha de Ross, no oceano Antártico.
Com diversas análises químicas, as equipes conseguiram decifrar quais foram os polímeros encontrados. Segundo os estudos, cerca de 13 fibras de plástico diferentes foram encontradas na neve, especialmente o morfotipo de tereftalato de polietileno (PET), muito presente na confecção das famosas garrafas PET.
Poluição por micro plásticos nos oceanos ameaçam animais em extinção
Como os microplásticos estão afetando a Antártida?
O estudo mostrou resultados preocupantes. Na vida cotidiana, o material – infelizmente – é encontrado com abundância nos mares de todo o planeta. Sendo assim, essa concentração de microplásticos é substancial para o derretimento de geleiras e neve, o que ocasiona uma maior poluição do ambiente marinho.
Ademais, o estudo também apontou que os microplásticos não vieram ‘do nada.’ Assim, eles viajaram milhares de quilômetros pelo ar, sendo mais uma consequência da ação humana. Isso porque – provavelmente – o plástico encontrado tenha chegado no local após a presença humana.
Natasha Gardiner, uma consultora ambiental atrelada ao estudo, apontou que a pesquisa é essencial para os países que integram o Tratado da Antártica, criado em 1959. Sendo assim, ela aponta que os resultados da pesquisa permitem que os países tenham maior comprometimento sobre a poluição plástica.
A busca por plástico e microplásticos no meio ambiente não é uma novidade. Um estudo da ONU, em 2021, relatou que ações urgentes de combate à poluição plástica são essenciais para não inflamar as consequências contra a biodiversidade. Entre as ações necessárias, eles apontaram o uso de energias renováveis.
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