Midnight; Carro voador da Archer avança em testes de voo, no teste foi alcançada a velocidade de 240 km/h

Midnight; Carro voador da Archer avança em testes de voo, no teste foi alcançada a velocidade de 240 km/h Foto: New Atlas / Reprodução
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A inovação no campo da mobilidade urbana está mudando com o desenvolvimento do veículo aéreo elétrico vertical de decolagem e pouso (eVTOL) da Archer, conhecido como Midnight.

Este avançado “carro voador” concluiu recentemente a primeira fase de um ambicioso programa de testes de voo, entrando agora em uma fase crucial que promete revolucionar as viagens urbanas.

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O Midnight, uma aeronave projetada para quatro passageiros, demonstrou com sucesso uma série de manobras de voo complexas durante a primeira fase de testes. Estas incluíram testes de rolagem, arfagem e guinada, além de manobras críticas para avaliar a capacidade da aeronave em condições de vento cruzado.

Um dos marcos mais notáveis do programa de testes do Midnight é a transição do voo pairado para o modo de cruzeiro. Isso implica em inclinar as seis hélices dianteiras da aeronave de uma orientação vertical para uma horizontal, propiciando a transição para um voo totalmente sustentado pelas asas.

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Esta fase de testes visa atingir uma velocidade de cruzeiro de 150 mph (240 km/h), embora não seja necessário alcançar essa velocidade máxima para a transição.

O objetivo final da Archer é obter a certificação da FAA (Federal Aviation Administration) para o modelo, com planos de iniciar voos comerciais em rotas urbanas simuladas

Estes voos demonstrarão a prontidão operacional da aeronave. A Archer planeja voos com pilotos humanos a bordo dentro de um ano e espera iniciar o serviço comercial até o final de 2025, com operações internacionais previstas para começar em Dubai e Abu Dhabi no ano seguinte.

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Além de seu progresso técnico, a Archer firmou parcerias significativas para aprimorar sua tecnologia eVTOL. Isso inclui um acordo com a NASA para estudar e validar a segurança dos sistemas de baterias de alto desempenho e uma colaboração com a Força Aérea dos EUA, que envolve um investimento de 124 milhões de dólares e a entrega de seis unidades do Midnight ainda este ano.

Com a promessa de transformar as viagens urbanas, o Midnight visa substituir trajetos de carro de 60 a 90 minutos por voos de táxi aéreo elétrico de 10 a 20 minutos. Esses voos seriam seguros, sustentáveis, silenciosos e competitivos em termos de custo em comparação com o transporte terrestre. O design otimizado do Midnight permite voos rápidos consecutivos com tempo mínimo de recarga entre eles.

À medida que a Archer avança em seu ambicioso programa de testes de voo, o futuro da mobilidade urbana parece cada vez mais promissor. Com a combinação de inovação tecnológica, parcerias estratégicas e um forte foco na segurança e sustentabilidade, o Midnight da Archer está posicionado para ser um divisor de águas no campo da mobilidade aérea urbana.

Infraestrutura necessária para os eVTOLs, como o carro voador da Archer

Os eVTOLs requerem uma infraestrutura específica para operações eficientes, conhecida como vertiports. A Agência da União Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) publicou as primeiras especificações técnicas de design de vertiports em 2022, fornecendo orientações técnicas e melhores práticas para essa infraestrutura essencial.

A organização de desenvolvimento de padrões ASTM International também lançou um padrão para o design e desenvolvimento de vertiports. Esses espaços, diferentes dos helipontos tradicionais, são projetados especificamente para os eVTOLs, com considerações para embarque e desembarque de passageiros e carga, recarga e manutenção programada.

A integração dos eVTOLs em espaços urbanos e áreas próximas a aeroportos é vista como um passo inicial vital. Por exemplo, a Archer Aviation planeja utilizar a infraestrutura de heliportos existentes, como a do aeroporto de Newark e um heliporto em Manhattan, para suas operações com o modelo Midnight.

A gestão do espaço aéreo é outra preocupação significativa. Os eVTOLs precisarão operar de acordo com as regras do espaço aéreo existente. Há discussões em andamento entre fabricantes de eVTOL, como a Volocopter, e as autoridades de aviação, como a EASA, para entender as regulamentações aplicáveis à integração dos eVTOLs no espaço aéreo. A automação crescente dos voos é considerada essencial para permitir um alto volume de operações.

Além das questões técnicas e regulatórias, a aceitação social dos eVTOLs é um fator importante. Muitos consumidores ainda estão incertos ou preocupados com a segurança desses veículos. Portanto, convencer os consumidores céticos sobre a utilidade e segurança dos veículos aéreos autônomos é um desafio conjunto para reguladores, criadores e operadores dessas aeronaves.

A implementação de infraestrutura para eVTOLs, incluindo vertiports e sistemas de comunicação robustos, requer colaboração entre operadores de eVTOL, autoridades locais e provedores de tecnologia da informação. Parcerias público-privadas e novos modelos de financiamento podem ser necessários para garantir o desenvolvimento adequado dessa infraestrutura.

A regulamentação para eVTOLs ainda está em desenvolvimento. A FAA e o Congresso dos EUA estão trabalhando para criar um quadro regulatório que apoie o desenvolvimento da mobilidade aérea avançada (AAM) e o uso de eVTOLs.

Isso inclui a elaboração de normas de segurança, investimentos federais necessários e estratégias coordenadas para integrar essas novas tecnologias no sistema de espaço aéreo nacional.

O desenvolvimento bem-sucedido dos eVTOLs e sua integração nas cidades e sistemas de transporte existentes dependem de um complexo equilíbrio de avanços tecnológicos, regulamentações adaptáveis, aceitação pública e desenvolvimento de infraestrutura dedicada.

A colaboração entre diversas partes interessadas será fundamental para superar esses desafios e realizar o potencial completo dos eVTOLs na mobilidade urbana.

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Sobre o Autor

Ana Paula Araújo
Ana Paula Araújo

Ana Paula Araújo escreve no Cultura Ambiental nas Escolas sobre meio ambiente, sustentabilidade, energias renováveis e suas implicações, veículos elétricos e as principais novidades do setor.

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