Novo projeto de Agrupamento de Turbinas Eólicas promove uma produção de energia superior, afirma pesquisadores
Cientistas têm enfatizado que a configuração de turbinas eólicas em agrupamentos é capaz de proporcionar uma produção energética superior.
Está emergindo no horizonte uma nova fonte de energia verde: uma combinação inovadora de turbinas eólicas organizadas em um agrupamento, conhecido como cluster. A intenção é implementar essa tecnologia em um futuro próximo, potencialmente até 2028, conforme antecipa a Universidade de Kyushu.
O foco em Clusters: Energia Otimizada
Cientistas têm enfatizado que a configuração de turbinas eólicas em agrupamentos é capaz de proporcionar uma produção energética superior, se comparada com uma única turbina de dimensões equivalentes. Frente às crescentes inquietações com o aquecimento global e a necessidade de segurança energética, a energia eólica offshore, particularmente no formato de clusters, ganha cada vez mais relevância.
O Centro de Pesquisa e Educação para Energia Eólica Offshore da Universidade de Kyushu, em particular, propõe uma tecnologia distinta. Eles projetaram uma turbina que utiliza um invólucro, uma espécie de “lente” de captação de vento, para maximizar a eficiência. A intenção é construir uma unidade experimental com 100 pequenas turbinas.
O rendimento de uma turbina eólica é diretamente proporcional à área que cada uma de suas pás consegue cobrir. Portanto, ao longo dos anos, vimos um aumento contínuo no tamanho das pás das turbinas. No entanto, para turbinas de dimensões maiores, com cerca de 300 metros de altura, esse aumento do tamanho das pás implica no reforço da torre onde são montadas, resultando em custos significativos.
As vantagens dos Clusters para geração de energia
Além disso, há outros desafios associados ao aumento do tamanho das pás, como danos causados por gotas de chuva quando as pás giram a velocidades superiores a 100 metros por segundo, além do ruído gerado. A implementação de agrupamentos de turbinas pode ser uma solução para esses problemas, já que suas pás são projetadas para produzir energia de forma eficiente sem precisar girar tão rapidamente. Outro benefício é o efeito multiplicador quando as turbinas são instaladas próximas umas das outras.
A Universidade de Kyushu, em parceria com a startup Riamwind, tem um projeto ambicioso para 2024: a construção de um sistema demonstrativo com duas turbinas, cada uma com um diâmetro de 25 metros. O conhecimento obtido com essa implantação será empregado para desenvolver um sistema mais robusto, composto por uma matriz de 100 turbinas organizadas em um formato de 10 por 10. Esse gigante, com cerca de 230 metros de altura e 280 metros de largura, tem a capacidade de gerar impressionantes 20 megawatts de energia.
Esses avanços colocam em destaque o potencial da energia eólica offshore e o papel revolucionário dos agrupamentos de turbinas. À medida que continuamos a buscar soluções de energia limpa para o nosso futuro, o céu, ou neste caso, o mar, é o limite.
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