Brasil na frente da sustentabilidade: Etanol de milho e hidrogênio verde em foco
O Brasil caminha para um futuro mais sustentável e limpo no setor energético, com destaque para o etanol de milho e o hidrogênio verde.
Desde a inauguração da primeira planta industrial em 2012, o Brasil vem ampliando significativamente sua capacidade de produção de etanol de milho. Atualmente, existem 18 usinas em operação, predominantemente no estado de Mato Grosso, além de outras nove usinas em construção. Estas instalações são divididas em três modelos: full (exclusivas para milho), flex (cana e milho na entressafra) e flex full (operação paralela de cana e milho).
A produção de etanol de milho no Brasil apresentou um crescimento notável, especialmente na região Centro-Oeste, onde mais de 90% do etanol é produzido. Em particular, Mato Grosso tem se destacado, sendo atualmente o terceiro maior produtor de etanol do país. Para a safra 2023/24, espera-se que a produção de etanol de milho no Brasil atinja 6 bilhões de litros, um aumento de 36,7% em relação à safra anterior.
O avanço tecnológico tem desempenhado um papel crucial nesse crescimento. A produtividade do etanol por tonelada de milho aumentou em 20% nos últimos sete anos, graças à adoção de novas tecnologias, tornando a produção de etanol de milho mais eficiente do que a de cana-de-açúcar.
Hidrogênio verde: O Futuro da energia renovável
Paralelamente ao desenvolvimento do etanol de milho, o Brasil também está investindo no hidrogênio verde, uma fonte de energia limpa e eficiente. Esta forma de hidrogênio é produzida através da eletrólise da água, utilizando fontes de energia renováveis como solar e eólica. O hidrogênio verde se destaca por ser uma alternativa sustentável ao hidrogênio cinza, que é produzido a partir de fontes não renováveis.
Instituições brasileiras, como o Laboratório de Energia Fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), estão na vanguarda do desenvolvimento de tecnologias para a produção de hidrogênio verde.
Desafios e oportunidades na transição energética
A transição para um futuro sem combustíveis fósseis no Brasil apresenta tanto desafios quanto oportunidades. Questões de governança e influência de lobby no setor elétrico têm sido pontos de debate, enfatizando a necessidade de repensar políticas públicas e liderar a inovação no setor energético.
Ao mesmo tempo, a crescente demanda internacional por biocombustíveis, impulsionada por políticas governamentais e necessidades econômicas, oferece uma oportunidade significativa para o Brasil expandir sua produção e exportação de biocombustíveis.
Com informações de Agroadvance e Forbes.
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