Energia limpa; Em avanço significativo, cientistas criam mais energia do que consomem em fusão nuclear
Em dezembro de 2022, cientistas no Lawrence Livermore National Laboratory (LLNL) alcançaram um feito notável: pela primeira vez, uma reação de fusão nuclear gerou mais energia do que foi necessária para iniciá-la.
Este experimento envolveu a utilização de 2 milhões de joules de energia laser em um alvo minúsculo contendo combustível de hidrogênio, que ao ser comprimido, iniciou a reação de fusão liberando energia.
Apesar do sucesso, o caminho para a fusão nuclear como fonte de energia viável ainda enfrenta desafios significativos. A eficiência do sistema atual é de cerca de 1%, e uma grande quantidade de energia é perdida na conversão do laser para raios-X.
Para tornar a fusão nuclear uma realidade prática, seriam necessários lasers com eficiência muito maior, capazes de disparar em uma frequência muito mais alta e com custos de produção reduzidos. Além disso, a fabricação dos alvos de combustível, que deve ser quase perfeita e atualmente leva cerca de sete meses, precisa ser otimizada.
Há um otimismo crescente na comunidade científica sobre o futuro da fusão nuclear
Projetos como o LLNL estão recebendo financiamento significativo e colaborações estão sendo formadas para superar os obstáculos técnicos. Além disso, o setor privado também está investindo fortemente na área, com a esperança de que as recentes descobertas possam ser transformadas em uma fonte de energia comercialmente viável. No entanto, especialistas preveem que ainda pode levar décadas até que uma usina de fusão nuclear esteja operacional.
Este avanço na fusão nuclear não apenas representa um progresso técnico significativo, mas também um passo importante rumo a uma energia limpa e sustentável. Embora ainda haja um longo caminho a percorrer, os resultados recentes fornecem uma base sólida para otimismo cauteloso no campo da fusão nuclear.
Avanços e desafios à vista sobre a fusão nos Estados Unidos
As previsões para 2024 no setor de fusão nuclear nos Estados Unidos indicam um período de avanços significativos e desafios contínuos. O Lawrence Livermore National Laboratory (LLNL), planeja conduzir entre 10 a 20 experimentos de ignição nuclear no National Ignition Facility (NIF) ao longo do ano.
Estes experimentos são cruciais para o avanço do entendimento e da aplicação da tecnologia de fusão de energia.
Entretanto, a realização destes experimentos depende fortemente do financiamento governamental, que atualmente enfrenta incertezas. O orçamento dos EUA para tais projetos ainda está em discussão, e os recursos específicos destinados ao LLNL e ao NIF são parte das negociações orçamentárias em andamento.
A obtenção de financiamento adequado é essencial para manter o ritmo de pesquisa e desenvolvimento no campo da fusão.
Além disso, espera-se que o LLNL alcance novos marcos de eficiência na ignição da fusão nuclear em 2024. Esses avanços são de grande importância, pois representam passos significativos rumo à viabilização da fusão nuclear como uma fonte de energia limpa e sustentável.
O sucesso desses experimentos pode potencialmente abrir caminho para uma nova era de geração de energia, marcando um ponto de virada na busca por soluções energéticas sustentáveis e de baixo impacto ambiental.
Com informações: The Register; Phys.org; MIT Technology Review.
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