Brasil na vanguarda; Grupo CCR anuncia projeto de VLT sustentável, movido a hidrogênio verde, a Bahia pode sediar o primeiro

Brasil na vanguarda; Grupo CCR anuncia projeto de VLT sustentável, movido a hidrogênio verde, a Bahia pode sediar o primeiro Foto: Via Trolebus / Reprodução
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O Grupo CCR, renomado no setor de infraestrutura e serviços, planeja trazer uma novidade significativa para o transporte brasileiro: o primeiro Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) movido a hidrogênio verde no país. Esta iniciativa, liderada por Marcio Hannas, presidente da CCR Mobilidade, marca um passo significativo na busca por soluções de mobilidade urbana sustentável e eficiente.

O projeto nasce inspirado por experiências bem-sucedidas em países asiáticos e europeus, onde os trens movidos a hidrogênio verde demonstraram eficiência e viabilidade. Marcio Hannas destaca o potencial do Brasil na produção de energia limpa, que posiciona o país de forma favorável para adotar essa inovação no segmento ferroviário.

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Além disso, o custo de infraestrutura tende a ser menor, especialmente na manutenção, evitando problemas como roubos de fios de cobre em redes elétricas.

A escolha do local para implementar esse projeto piloto é crucial, e a Bahia emerge como um dos estados em destaque, principalmente pela sua proximidade com um centro de produção de hidrogênio verde. Este aspecto é fundamental para garantir a viabilidade e eficiência do projeto.

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O hidrogênio verde, caracterizado por ser produzido de maneira ecologicamente correta e utilizando energias renováveis como solar e eólica, representa uma alternativa sustentável no setor de transportes

Seu processo de produção envolve eletrólise da água, resultando em emissões de apenas vapor d’água, tornando-o um combustível limpo e ambientalmente responsável.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) ressalta a necessidade de investimentos significativos em mobilidade urbana para alcançar padrões de transporte público referência. O investimento previsto até 2042 é de cerca de R$ 295 bilhões, com grande parte destinada à expansão de metrôs e trens.

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O Grupo CCR, em parceria com a Hyundai Rotem, fabricante de material ferroviário, está conduzindo estudos de viabilidade para a implantação do VLT movido a hidrogênio verde no Brasil. Esta colaboração incluiu a visita de Hannas à Coreia do Sul, onde ele teve a oportunidade de conhecer de perto as inovações e testes em andamento.

Embora o VLT a hidrogênio verde represente um custo operacional inicialmente maior que os veículos elétricos, a economia a longo prazo e o baixo impacto ambiental são fatores decisivos para a sua adoção. A expectativa é que, com a conclusão dos estudos de viabilidade técnica e operacional, o Brasil possa avançar na implementação deste sistema inovador e sustentável de transporte sobre trilhos.

Brasil avança como potencial líder global na produção de hidrogênio verde

O Brasil está emergindo como um líder potencial na produção de hidrogênio verde, um combustível limpo e renovável, que se destaca no cenário global de energia sustentável. Diversos projetos e iniciativas destacam este avanço, reforçando o papel do país na transição energética e na geração de energia sustentável.

Um dos aspectos notáveis é a competitividade do Brasil na produção de hidrogênio verde. Estudos mostram que, dependendo da região, o custo de produção pode ser bastante vantajoso. Por exemplo, projetos de grande escala no Nordeste podem ter um custo total de produção de aproximadamente 1,90 USD/kg de H2 em 2030.

Este custo pode ser ainda menor se o projeto for conectado à rede elétrica, caindo para cerca de 1,70 USD/kg. Essa conexão permite um dimensionamento mais adequado do eletrolisador e da geração renovável, além da possibilidade de vender eletricidade excedente.

Além disso, a União Europeia anunciou recentemente um grande investimento no Brasil, com a construção de uma das maiores usinas de hidrogênio verde e amônia do mundo, localizada no litoral do Piauí.

Este projeto, parte do Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), liderado pelo Ministério de Minas e Energia, representa um investimento global de dois bilhões de euros. A expectativa é que a usina comece a operar em 2026 e aproveite a estrutura do Porto de Luís Correia para exportar o hidrogênio.

Este desenvolvimento é um forte indicativo do potencial do Brasil em se tornar um protagonista na produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono, com cerca de US$30 bilhões em projetos anunciados, potencializando a criação de milhões de empregos.

Esses desenvolvimentos posicionam o Brasil de forma única na transição global para fontes de energia mais limpas e sustentáveis, demonstrando não apenas a viabilidade técnica e econômica do hidrogênio verde, mas também o compromisso do país com soluções energéticas inovadoras e responsáveis.

Com informações: Revelator; Mckinsey; Gov.br; Mobilidade Estadão; NV.inf; Revista Ferroviaria.

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Sobre o Autor

Ana Paula Araújo
Ana Paula Araújo

Ana Paula Araújo escreve no Cultura Ambiental nas Escolas sobre meio ambiente, sustentabilidade, energias renováveis e suas implicações, veículos elétricos e as principais novidades do setor.

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